Obama não é tudo isso que a gente pensava

Minha admiração por Barack Obama era quase ilimitada.
Não é mais.
Ele também promete e não faz, como qualquer político brasileiro. Agora, por exemplo, encerrou a missão do diplomata Daniel Fried, enviado especial encarregado de fechar a prisão de Guantanamo.
O fechamento da base de Guantanamo estava prometido por Obama desde o início do primeiro mandato. Na época ele parecia indignado porque os EUA mantém uma prisão em Cuba onde os prisioneiros são trancafiados em gaiolas e seu julgamento não obedece ao devido processo legal.
Em seu segundo mandato, Obama não vê o fechamento da base de Guantanamo como uma “prioridade realística”.
Em editorial, no dia 25 de novembro do ano passado, o New York Times, disse que “Se o Sr. Obama fala sério sobre cumprir sua promessa de fechar a base de Guantanamo – e nós acreditamos nele – ele precisa se envolver mais no assunto e estar disposto a gastar seu capital político nisso”.
Amanhã, vamos ter que entender se a presidente do Brasil disser que a modernização do sistema prisional brasileiro também não é uma “prioridade realística”. É verdade que aqui os prisioneiros são mantidos em gaiolas superlotadas. Mas também é verdade que seu julgamento obedece ao devido processo legal.
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