Fique esperto, Mantega. Só dinheiro barato não tira a gente dessa crise

O Brasil não vai escapar da crise só porque baixou os juros.
Dinheiro barato não significa necessariamente maior volume de compras. Essa lenda é do tempo da penúltima crise. Agora temos a inadimplência em alta. E consumidor endividado é um cara cauteloso que olha muito a vitrine e entra pouco na loja.
O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), Roque Pellizzaro Junior, faz uma declaração pessimista ao InfoMoney. Ele acha que neste momento o brasileiro quer limpar seu nome e isso vai afetar as compras de Natal. “Apostamos em um crescimento modesto de 4% nas vendas de Natal e em um tíquete médio de R$ 83, quando tivemos um de R$ 100 no ano passado”.
Quem pode estar certa é a revista Economist, que pediu à Dilma Rousseff para demitir o ministro Guido Mantega. Além de estimular a demanda, o governo precisa fazer alguma coisa pela oferta.
Isso quer dizer produtos melhores e mais baratos. Uma modesta camisa de algodão não pode custar R$205. Não na Rua 15, onde o povo que foge dos preços dos shoppings vai procurar presentes de Natal.
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