A inflação do tomate e seu vilão

O engenheiro agrônomo Gilvan Lorenzetti explicou, no Diário Catarinense, como ocorreu a inflação do tomate. A culpa não foi do produtor. Ele gasta 18 reais para produzir uma caixa de 25 quilos e, no ano passado, chegou a vendê-la por apenas R$6, devido à superprodução.
Lorenzetti é especialista em tomate há duas décadas e trabalha em uma empresa de consultoria e assistência a produtores em Urubici, SC, cidade que há vários anos ostenta o O título de Capital Nacional das Hortaliças. Ele atribui a alta à lei da oferta e da procura.
Está sendo bondoso. O intermediário cúpido teve o principal papel neste drama que ajudou a elevar a inflação e fez o Banco Central aumentar a taxa Selic.
Os curitibanos compraram tomate até a R$10 o quilo, isto é, R$250 pela caixa que custava R$18 e hoje custa R$33. O lucro indecente é do intermediário e do supermercado. Frequentamente os dois são a mesma pessoa jurídica.
O Brasil come pouco tomate. A produção normal é de três mil toneladas por dia, o que representa 1,1 milhão de toneladas por ano. Nos últimos três anos o volume cresceu 50% e chegou a 4,5 mil toneladas por dia. Isto aconteceu porque muitos produtores apostaram no aumento do preço e passaram a plantar mais. Deu no que deu.
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