Temas para vestibular: a nova Classe C e a insustentável leveza das fortunas bilionárias

Hoje em dia, todo mundo sabe alguma coisa sobre a concentração de renda.
Por exemplo: para cada dólar que um brasileiro pobre recebe, um rico ganha 68.
O Brasil é o oitavo do mundo no índice de desigualdade. Ganha de todos os latino-americanos; só perde para sete africanos.
Esses números ornamentam discursos na TV-Câmara.
Atualizam relatórios mercadológicos sobre os mais pobres – que são pobres mas shampu e macarrão eles compram.
Inspiram a redação do vestibular – principalmente depois que Eike Batista virou notícia ao despencar de 7º para 100º no ranking de bilionários da Forbes.
O Eike não foi o único a reclamar do ranking.
Outro injustiçado é o príncipe Alwaleed bin Talal, da Arábia Saudita. Ele se declarou indignado porque a Forbes retirou-o do décimo lugar e classificou-o em 26º.
Sua indignação repercutiu na imprensa mundial.
Era para cair? Ele herdou 20 bilhões de livras. É dono de apreciáveis fatias da News Corporation (Sky, Foz News etc), Apple, Citibank e do Savoy Hotel de Londres. Entre seus divertimentos estão passeios no Boeing 747 que usa como jatinho particular, e seus 200 carros de luxo.
Mas o mundo agora é assim. A fila anda. O Enem muda. Bilionários são obrigados a pedir receita de Rivrotril para dormir, porque não sabem o dia de amanhã.
Deixe um comentário