Segunda-feira com sol e jazz na Praça Generoso. Os dançarinos do Jazz Central vão dar uma canja.


http://video.repubblica.it/sport/ronaldo-oversize-ma-la-finta-e-da-fenomeno/126797/125303
Na volta à Inglaterra, eles poderão olhar para o Rio e lembrar: fomos roubados.
Este é o título simpático que o Times de Londres colocou em sua matéria sobre os horrores que esperam o torcedor estrangeiro na Copa do Mundo.
O verdadeiro perigo não está no roubo nas ruas, à luz do dia, mas em lojas e restaurantes, explica o repórter James Hider.
Uma demanda explosiva de uma classe media com poder aquisitivo crescente, altos impostos e péssima infraestrutura de transportes levaram a uma espiral de preços.
Alimentos não param de subir, mesmo os mais humildes, como a batata e o tomate. Uma pizza para viagem custou ao repórter R$100 reais no restaurante Nello, de São Paulo. A culpa, segundo o proprietário, é do tomate.
Felizmente a crise não é geral. O correspondente louva a cerveja brasileira, que agora vem em barril de 5 litros para consumir em casa. Ou é servida dentro de embalagens de isopor para continuar estupidamente gelada.
Só deixou de comentar a solução brasileira para baixar custos enchendo de novo o barril. Achei no blog Ladecasa.
Segundo o IBGE, 210 mil residências de Curitiba não têm calçadas – e por isso o Ippuc promete fazer um Plano Diretor de Calçadas.
O IBGE não revela quantas residências têm calçadas precárias, como a da Rua Estados Unidos, no Bacacheri – armadilha para os pedestres, alegria para os traumatologistas.
O saudoso Sergio Mercer compôs o Cha Cha Cha do IPPUC, com o refrão “Planea, planea, planea…” para retratar o que começava a acontecer nos anos 80 – a mania de transformar tudo em ações de planejamento.
Tem buraco na calçada?
Então temos que: a) Criar um grupo de trabalho; b) Redigir o Plano Diretor dos Buracos – PLADIBU; c) Chamar nosso redator para escrever uns pronunciamentos de apoio para os vereadores da base aliada; d) Convocar a agência e passar um briefing para a campanha “Amo Minha Calçada”.
Tudo pra ontem.
E não esqueça do instituto de pesquisa. Tem que sair a jato. Vai confirmar que 87% dos curitibanos consideram nossas calçadas ótimas ou boas.
Atenção, heim? O Inimigo pode estar trabalhando o descontentamento dos que levaram tombos. Prepare uma visita ao Hospital dos Quebrados. O prefeito com uma criancinha no colo dá primeira página. Bracinho engessado ajuda.
Não dá pra esquecer os da melhor idade. Um campeonato de peteca no calçadão. Lá em Beagá consegui matéria no Jornal Hoje e primeira página na Super Notícia. Aqui o pessoal não gosta de jogar peteca? Então que tal uma campanha chamada “Vinada na Calçada”? Ou “Carneiro no Buraco?” Ou um campeonato de costela fogo de chão?
O engenheiro agrônomo Gilvan Lorenzetti explicou, no Diário Catarinense, como ocorreu a inflação do tomate. A culpa não foi do produtor. Ele gasta 18 reais para produzir uma caixa de 25 quilos e, no ano passado, chegou a vendê-la por apenas R$6, devido à superprodução.
Lorenzetti é especialista em tomate há duas décadas e trabalha em uma empresa de consultoria e assistência a produtores em Urubici, SC, cidade que há vários anos ostenta o O título de Capital Nacional das Hortaliças. Ele atribui a alta à lei da oferta e da procura.
Está sendo bondoso. O intermediário cúpido teve o principal papel neste drama que ajudou a elevar a inflação e fez o Banco Central aumentar a taxa Selic.
Os curitibanos compraram tomate até a R$10 o quilo, isto é, R$250 pela caixa que custava R$18 e hoje custa R$33. O lucro indecente é do intermediário e do supermercado. Frequentamente os dois são a mesma pessoa jurídica.
O Brasil come pouco tomate. A produção normal é de três mil toneladas por dia, o que representa 1,1 milhão de toneladas por ano. Nos últimos três anos o volume cresceu 50% e chegou a 4,5 mil toneladas por dia. Isto aconteceu porque muitos produtores apostaram no aumento do preço e passaram a plantar mais. Deu no que deu.
O economista Jeffrey Sachs entrou na briga pela dívida de Itaipu para virar o jogo.
Segundo relatório que entregou ao governo paraguaio, não é o Paraguai que deve ao Brasil o saldo do empréstimo feito para a construção da hidrelétrica binacional; é o Brasil que deve ao Paraguai 5,3 bilhões de dólares.
Sachs considerou os juros cobrados pelo Brasil muito superiores à realidade do mercado financeiro internacional. A informação está no jornal Ultima Hora. O extrato da conta, abaixo.
O relatório de Sachs recomenda que o Paraguai comece a pressionar o Brasil por um novo Tratado de Itaipu.
Paul Breiner, o craque da seleção alemã de 1974 e atual comentarista e consultor do Bayern de Munique, disse no Bola da Vez, da ESPN, que o futebol alemão é forte porque os clubes são fortes; e os clubes são fortes porque o campeonato é bom. A Bundesliga, a federação nacional, foi modernizada em 2004.
Lá, os jogos atraem público. Todos os lugares são vendidos. A frequência feminina é de 40%, contra 5 ou 6% no Brasil. Aqui as mulheres têm medo da violência nos estádios.
Uma liga forte precisa clubes poderosos. Por isso, a decadência do futebol inglês, onde o Liverpool está em crise e só Manchester United, Manchester City e Chelsea vão bem. E do futebol espanhol, onde todo ano a disputa é entre Real Madri e Barcelona. Os alemães têm dois clubes muito grandes, Bayern e Borussia, e outros quatro clubes grandes.
Breitner achou ridículo que o Brasil tenha pensado em contratar Pep Guardiola, hoje no Bayern. Não adianta ter um técnico que vai se reunir com os jogadores dois ou três dias por mês. O trabalho da comissão técnica precisa ser diário, nos clubes, e começa nas categorias de base. No time profissional, o técnico só faz pequenos ajustes, os jogadores sabem os fundamentos, precisam de pouca coisa mais para vencer.
O futebol é business, insiste Breitner, funciona a partir de clubes organizados, que façam investimento no futuro como o Bayern faz agora na China e na India.
Um estádio perfeito começa pelo gramado. O Brasil ainda usa a grama Florida, que segura e desvia o curso da bola. Um novo futebol brasileiro precisa gramados novos.
Deu no New York Times:
Até na Alemanha banda larga é devagar.
Levantamento feito pelo governo alemão comprovou aquilo que há muito o cliente desconfiava: o provedor de internet é um inveterado ciber estelionatário. A banda larga que entrega é geralmente metade da anunciada.
O estudo, publicado pelo blog Bits do NY Times, foi feito com 250 mil consumidores pela agência reguladora alemã, a Bundesnetzagentur.
Ele mediu a velocidada da Internet de junho a dezembro do ano passado – um dos maiores levantamentos do serviço já realizado no mundo.
O resultado mostrou que apenas 15,7% dos consumidores, em linhas telefônicas fixas, e 21% em equipamentos móveis receberam a velocidade contratada. O restante conseguiu receber, em média, metade da velocidade que comprou.
Em Curitiba há um déficit de 50 mil casas para os pobres, a empresa de abastecimento de água registra perdas de 40%, a rede elétrica ainda está pendurada em postes – mas a gente continua gastando dinheiro em obras para a Copa do Mundo.
Orçamentos são reajustados a cada semana. Da ponte estaiada ao estádio do Atlético, os milhões rolam. Tudo se justifica pela importância dos jogos do ano que vem.
Há descrentes da grandeza do evento. Eles observam que não assistiremos a um só jogo da seleção brasileira. Nem haverá partidas entre os grandes da Europa. Nem Inglaterra X Espanha, nem Itália X Alemanha. Como acreditar nas previsões das autoridades locais, da CBF e da Fifa?
Alguns desconfiados vêem inquietadora semelhança entre a situação atual e a de um filme chamado “O Banheiro do Papa” (El Baño del Papa, 2007), pequena obra-prima dos uruguaios César Charlone e Enrique Fernández. Tem tudo a ver com as noticias sobre multidões cheias de dólares
“O Banheiro do Papa” não é sobre futebol – é a história da visita do Papa João Paulo II ao Uruguai. Começa com a chegada de uma equipe da TV à pequena cidade de Melo, na fronteira com o Brasil, onde o Papa deve oficiar missa. Um repórter comenta que milhares de visitantes brasileiros viajarão até lá para ver o Sumo Pontífece. Os moradores entusiasmados decidem ganham um dinheirinho com o turismo religioso. Resolvem abrir pequenos negócios – venda de alimentos, bebidas, lembranças.
O dias passam, a previsões para o evento vão ficando cada vez melhores. Eram milhares, depois dezenas de milhares, agora passam de cem mil os turistas esperados.
Beto, um morador que vive do pequeno contrabando entre Melo e o Brasil, decide investir em banheiros. Os turistas vão precisar “evacuar”, explica para a mulher, que lhe empresta o dinheiro duramente economizado.
Os números continuam melhorando. Agora os visitantes podem chegar a 200 mil. Aumentam os investimentos dos moradores de Melo, agora afundados até o pescoço em dívidas.
A ansiedade cresce com a aproximação do dia da visita. Quando ela finalmente ocorre, só 5.000 brasileiros vêm para a missa realizada no campo. Apenas 500 visitam a cidade e logo voltam para o outro lado da fronteira. Os moradores de Melo durante longo tempo são obrigados a comer as tortas, bolos e outros alimentos que esperavam vender.
E Beto bebe vinho barato enquanto assimila o prejuízo com a construção do banheiro, que quase não foi usado. Mas que é, sem dúvida, o mais moderno de Melo.
Curitiba é a 39a. cidade mais violenta do mundo.
Se duvida, dê uma olhada no blog do J Volotão.
Posição no ranking | Cidade | Estado | Homicídios por 100 mil habitantes |
---|---|---|---|
3º | Maceió | AL | 135,26 |
10º | Belém | PA | 78,04 |
17º | Vitoria | ES | 67,82 |
22º | Salvador | BA | 56,98 |
26º | Manaus | AM | 56,21 |
27º | São Luís | MA | 50,85 |
29º | João Pessoa | PB | 48,64 |
31º | Cuiabá | MT | 48,32 |
32º | Recife | PE | 48,23 |
36º | Macapá | AP | 45,08 |
37º | Fortaleza | CE | 42,90 |
39º | Curitiba | PR | 38,09 |
40º | Goiânia | GO | 37,17 |
45º | Belo Horizonte | MG | 34,40Fonte -Exame |